Ansiedade: quando e' transtorno e como ajudar?
- Hannah Beatriz
- 15 de jul. de 2020
- 3 min de leitura
Atualizado: 30 de mar. de 2022
Aquela sensação que sentimos quando uma festa muito legal está se aproximando. O encontro que vamos ter com o crush no final do dia. A espera da resposta da entrevista de emprego. Todas essas coisas cotidianas que nos dão as famosas "borboletas no estômago" ou ansiedade. Mas quando que um sentimento comum vira um transtorno?

O transtorno de ansiedade acompanha sentimentos de medo, preocupação ou estresse tão fortes que interferem diretamente nas atividades do dia a dia. Se você não consegue sair da cama, fazer atividades simples como tomar banho ou se alimentar, se sair na rua te causa pânico, vale a pena investigar se você está sofrendo do distúrbio. O diagnóstico real só pode ser feito por um psicólogo ou um médico e o tratamento é feito através de terapia e pode ou não ter o auxílio de remédios.
Antes de se desesperar e já achar que você tem transtorno de ansiedade, avalie como está a sua vida atualmente: se você normalmente se estressa muito mais do que deveria, ou se sua preocupação com um problema é desproporcional ao real tamanho dele, se esses sentimentos têm atrapalhado o seu dia a dia, pode sim ser o transtorno. Mas se você está passando por um período tenso no trabalho, ou se algum evento na sua vida tem te deixado mais ansioso sem comprometer suas atividades diárias, respire fundo, provavelmente é só o sentimento normal de ansiedade.
Mas e quando você não sofre do transtorno, e sim alguém do seu convívio? Se você estiver com alguém que esteja tendo uma crise de pânico, ansiedade, depressiva ou qualquer outra, entenda como ajuda-la a passar por esse momento difícil.
1. Mantenha a calma: entenda que a pessoa não está fingindo e não é um problema bobo, ela realmente está se sentindo mal e precisa que você esteja calmo para ajudar, mantenha a fala baixa e tranquila e não entre em desespero junto.
2. Identifique se é realmente uma crise emocional: existem algumas crises, como a de pânico, cujos sintomas podem parecer com os de infarto, tente identificar se a pessoa realmente está tendo uma crise emocional ou não e em caso de dúvidas ligue imediatamente para o SAMU (192) para conversar com o médico plantonista e entender os sintomas.
3. Ajude a pessoa a respirar: as dores, sensações de perigo iminente e demais sintomas descritos pela pessoa são sensações reais e é muito importante você ajudar ela a manter uma inspiração e expiração contínuos e calmos. Respirar corretamente vai ajudar a relaxar a musculatura e acalmar a pessoa em crise.
4. Escute o que a pessoa diz!: evite ficar falando muito, mesmo que com boas intenções, escute com atenção o que a pessoa está dizendo, responda de maneira objetiva e clara e não atropele ou interrompa a fala dela.
5. Não peça para ela se acalmar: uma das piores coisas a se dizer nesse momento é algo como "acalme-se", diga que entende que é difícil, mas que em alguns momentos aquilo vai passar, pergunte se a pessoa já teve crises antes e mostre que das outras vezes também passou, basta esperar.
6. Jamais fale sobre você!: também evite falar sobre como você encara seus problemas, essa é uma crise real e você precisa respeitar o sofrimento da pessoa. Falar sobre como você não se abala diante de situações parecidas só vai piorar tudo, não seja assim!
7. Mantenha a pessoa segura e o mais relaxada possível: se a pessoa autorizar, faça massagens circulares lentas no rosto ou ombros e leve-a a um lugar o mais calmo, aberto e arejado possível. Evite deixar a pessoa sozinha para que ela não se machuque.
8. Busque ajuda profissional após a crise: quando tudo passar, pergunte para a pessoa se ela já faz acompanhamento com um psicólogo e caso não faça, ajude-a a procurar ajuda profissional. Muitas vezes as pessoas têm medo ou receios e não conseguem buscar ajuda sozinhas, ajude-as!
9. Você não precisa ser um profissional para ajudar alguém: essas dicas foram pensadas para momentos de emergência e jamais devem substituir o suporte e atendimento de um profissional. No entanto, serve para mostrar que mesmo que você não tenha conhecimento técnico na área, pode ajudar alguém em crise a passar por esse momento e procurar ajuda. Lembre-se: seja empático, respeitoso e mantenha a calma.
Comments